Muitas empresas ainda não perceberam, mas a falta de habilidade nos relacionamentos interpessoais acaba por gerar custos significativos aos seus “cofres”.
O mundo mudou e o ambiente corporativo também. Nos dias atuais não é mais tolerada a falta de educação nos relacionamentos interpessoais, principalmente no que tange o mundo profissional. A falta de “tato” nesse tipo de relacionamento gera custos elevados para a empresa, não apenas por tornar o ambiente de trabalho ruim, mas, no caso de líderes mal educados, pode até gerar ações legais de assédio moral.
No caso de uma empresa que conta com uma equipe de colaboradores autônomos, como, por exemplo, uma imobiliária, essa situação se potencializa. Na melhor das hipóteses, esse comportamento “grosseiro”, faz com que as pessoas fiquem desmotivadas o que acaba por repercutir diretamente nos demais relacionamentos internos, seja com os clientes vendedores, compradores e entre os próprios colegas de trabalho. Até mesmo a comunidade recebe de alguma forma esse impacto, pois reflete o comportamento dessas pessoas o que acaba sendo externado e prejudicando a imagem da empresa.
O relacionamento interno em uma empresa é extremamente importante para que os demais relacionamentos se desenvolvam de uma maneira saudável. E não precisa ser um gênio para saber que: “uma empresa com relacionamentos saudáveis se torna uma empresa saudável, e o oposto também vale”.
O mercado está carente de líderes preparados que entendam a diferença entre “autoridade” e “poder”, ou de “expor idéias” e “impor idéias”, nem ao menos “eficiência” e “eficácia”.
Explico. Na verdade, esses três conceitos são intrínsecos.
Quem simplesmente tem poder, precisa impor idéias e se faz (NO MÁXIMO), uma pessoa, ou líder, eficiente. Pois a “eficiência” trata apenas de como fazer, não, do que fazer. Ou seja, fazer a coisa da maneira certa, não necessariamente, a coisa certa. Um robô, ou um computador, por exemplo, são máquinas eficientes.
Já, aquele sujeito que conquistou autoridade, precisa apenas expor suas idéias, e é assim, eficaz. E eficácia trata não apenas de fazer a coisa da maneira certa como, principalmente, identificar a coisa certa a se fazer. Como uma pessoa, profissionalmente ou não, deveria se qualificar. Independente de cargo ou função.
Líderes que impõem suas idéias por meio de grosserias, podem até conseguir a curto prazo a realização de seus “desejos”. Porém, a curto, médio, e longo prazo, geram, mal-estar, fofocas, e desmotivação. Um ambiente organizacional assim contaminado termina por causar atritos, inclusive, entre os colegas de mesmo nível hierárquico. Cria-se dessa maneira um clima “pesado”, repleto de tensão negativa e instabilidade. Desta forma, certamente as operações, em cada uma de suas etapas de execução resultam em insatisfação, rotatividade, e impedem a formação de uma equipe sólida.
O custo desse mal-estar se agrava quando passa a se refletir também nos relacionamentos com clientes e fornecedores. Citando novamente o setor imobiliário, clientes compradores e vendedores. No caso São eles que também garantem o sucesso da empresa. Uma parceria sólida faz com que todos alcancem o sucesso em uma negociação. Compradores, vendedores, corretores, e imobiliária.
Aproveito para lembrar que em uma negociação bem sucedida, ganham todos os nela envolvidos.
Quando um “fornecedor” é tratado mal, ou atendido por alguém desmotivado, vai certamente criar barreiras para não atender as solicitações da empresa que falhou. Isso gera um custo enorme para a empresa, afinal não se trata apenas do fornecimento de “matéria-prima”, mas não só isso, o desânimo acaba por criar um clima ruim, influenciando toda negociação e comprometendo todo o serviço da ponta comercial, inclusive no quesito comissão.
Como melhorar esse tipo de comportamento?
A princípio é necessário identificarmos os comportamentos que queremos melhorar. O próximo passo é colocar aos colaboradores da empresa o comportamento que é esperado, de maneira clara e objetiva. Uma ótima maneira de se fazer isso é formatar um manual de bom comportamento e, principalmente, faze-lo chegar a todos os colaboradores desde os mais altos níveis hierárquicos, passando pelo conhecimento das recepcionistas e até mesmo a senhora do cafezinho. É de extrema importância que todos os envolvidos, da diretoria ao chão de fábrica, estejam igualmente envolvidos. Caso contrário, a iniciativa estará fadada ao descrédito.
Para manter o bom relacionamento, é importante sabermos separar o “pecado do pecador”. Isso que dizer que,
Na vida, como também no ambiente profissional, por mais afinidade que exista, por mais que se goste de alguém, se esta pessoa apresenta um comportamento não adequado ao acordado para a empresa em questão, é preciso se falar abertamente sobre aquilo que se deve melhorar, sempre mostrando os benefícios que a mudança irá gerar. Numa empresa não há espaço para “meninices” ou infantilidades do tipo: “se eu falar algo ele ficará contra mim” ou “deixará de me tratar bem”. Por tanto, sem medos ou restrições, é fundamental explicar para a pessoa o que realmente se espera do comportamento dela.
Para o bem comum, é necessário, como já disse, colocar de forma clara os comportamentos que devem ser mudados.
Enfim, para conseguirmos eliminar o inconveniente e desnecessário custo do mau comportamento, é preciso, sem medos e receios, treinar, comunicar e “exemplificar” (dar exemplos e ser exemplo).
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